Meu marido sempre brincou com essa história de me ver com outro. Encarei como fantasia. Ele tinha certeza que eu, jamais teria coragem para tanto. Era o que eu pensava.
Casada há dez anos, filhos pequenos. Rosto comum, chamando atenção pela altura. Gosto de passar por loira. Nádegas volumosas, fazendo pilates para eliminar algumas celulites nas cosas. Idade? Trinta e qualquer coisa.
Gosto de sexo. Quando solteira, masturbei alguns namoradinhos. Com um, tive a primeira experiência oral. Ganhei jatos de leitinho na boca. Deixei até que fizessem nas minhas coxas.
Com Alex, meu esposo, me realizei plenamente. Porém, o que aconteceu há poucos dias me deixou morrendo de vergonha. Tive desde então, noites mal dormidas. Ainda não consegui processar direito. Vontade de fugir da realidade, pensando que era outra e não eu.
Meu primo Guilherme é pintor. Há muito nossa casa precisava de pintura. Aproveitando o décimo-terceiro, resolvemos pintar a casa e meu marido contratou o Gui. Até aí, nada demais.
Gui vinha com um ajudante, realizando o trabalho. Começou na parte externa, aplicando textura nos muros e garagem. Como estávamos no verão, trabalhavam até tarde, aproveitando a claridade do dia mais longo. Dava tempo do Alex voltar do serviço e tomar umas cervejas com eles.
Eu nunca tive muita intimidade com o Gui. Convivi mais com Fernanda, irmã mais velha dele, da mesma idade que a minha, diferença de meses. O Gui separou há pouco. Não demorou muito para meu marido convidá-lo para jantar.
Tudo normal. O que desagradou, foi as atitudes do Alex. Ainda mais porque ele sabia que eu tinha certa vez falado que achava meu primo um gato. No começo ficou especulando sobre a nova vida de solteiro do Gui. Se ele estava ¨molhando o biscoito¨, quantas ele tinha pego, baboseiras assim. Dava para perceber que meu primo ainda estava sentido com a separação.
À noite, quando a gente transava, Alex estava estranhamente mais excitado. Começou a perguntar se quando criança, eu tinha brincado de ¨médico¨ com o Gui. Como nunca tive nada com ele, é claro que neguei de forma veemente. Ficou só nisso, mas foi o bastante para me deixar chateada.
O trabalho de pintura agora era no interior da casa. Como gosto das coisas no lugar, me estressava a bagunça. Quem já fez reforma morando no imóvel sabe o que digo. A sala, os quartos, os corredores com móveis e cacarecos empilhados pra todo lado. O único cômodo intacto era o quarto de casal.
Gui jantava direto conosco. Depois ficava na varanda bebendo cerveja com meu marido, conversando sabe lá o que. De vez em quando eu ouvia algumas gargalhadas. Quando eu chegava, mudavam rápido de assunto. Deveriam estar falando de mulheres, com certeza.
Finalmente ficou faltando apenas o quarto principal. Gui e o ajudante recolocaram todos os móveis no lugar. Quando acabaram, não era nem duas da tarde. Meu primo dispensou o ajudante. Perguntou se poderia tomar um banho para tirar os respingos de tinta.
Por ser meu primo, emprestei uma toalha, o que jamais faria se fosse um estranho. O que estarreceu foi quando saiu do banheiro. Apenas com a toalha envolta no quadril. Todo à vontade, como estivesse na própria casa! Fiquei sem ação.
Nunca imaginei que meu primo agiria assim. Ele por sua vez, passava as duas mãos na cabeça, ajeitando os cabelos, puxando os para trás. Não pude deixar de reparar no tronco desnudo, jovem e másculo, ombros largos, peitorais firmes e salientes.
– A água estava uma delícia, Leila! Estou me sentindo novo em folha!
Ainda perturbada com a visão, tudo que pude pensar foi que estava sozinha em casa, com um rapaz quase nu. Meus filhos foram passear no sítio com os pais do Alex. Mesmo sendo parente, era uma situação que poderia comprometer minha reputação de mulher casada. Conceitos sociais de respeitabilidade.
Eu me sentindo incomodada com aquilo. Intrigada pelo comportamento ousado e estranho, além de envergonha, fui para o quarto. Gui veio atrás, na maior cara de pau. O desconforto aumento por ser naquele recinto. Onde no centro estava a cama de casal, que sugeria o lugar onde eu fazia sexo com meu marido.
Fiquei de costas, sem querer encará-lo. Senti sua aproximação, enlaçando por trás, colando o baixo ventre na minha bunda arrebitada. O assedio foi ganhando intensidade. Enquanto uma mão me segurava, a outra iniciou a exploração do meu corpo, entrando por baixo da blusa.
O que estava acontecendo? Meu primo me agarrando de forma libidinosa dentro do meu quarto! Eu, Leila, bem casada, que nunca permiti a ninguém qualquer liberdade. Agora ali estava, sendo tocada por outro homem, meu primo! Tentei desvencilhar de forma brusca:
– Pára com isso, Gui! Você está louco?
– Estou louco sim, Leila. Louco por você! Você é gostosa demais!
– Pára, Gui! Pára já! Sou uma mulher casada!
– Casada que é bom! É mais gostosa ainda!
Pelo que me lembro, o diálogo foi mais ou menos esse. Tudo isso enquanto lutávamos, eu tentando me afastar e ele empregando cada vez mais força, mantendo meu corpo colado no dele. Beijava meu pescoço, logo abaixo da nuca, provocando arrepios. Ainda tive forças para ameaçar:
– Pára senão vou contar pro Ale!
– Pode contar, Leila. Foi ele quem perguntou se eu não queria comer você!
Mas como? Então era isso que eles conversavam na varanda? Meu marido tinha chegado naquele ponto! De me oferecer para outro! Era para ser só brincadeirinha, fantasia. Nunca deveria acontecer de verdade. No entanto, estava acontecendo!
Já não sabia o que pensar, de tão surreal. Não estava acreditando de tão absurdo. Porém as mãos taradas do meu primo era pura realidade. Gui continuava falando sem parar, beijando minhas orelhas:
– Ah, Leila, Leilinha. Você me deixa louco de tesão! O Alex falou que você na cama é gostosa demais! Cansei de punhetar pensando em você! O Alex deixa se for eu. Ninguém vai saber, Leila! Eu quero comer você! Deixa, prima, deixa! Uma vez só! Uma vezinha, só, está bem?
Enquanto pedia, Gui tinha conseguido soltar o fecho da minha saia. Eu estava tonta pelo inusitado da situação. Um turbilhão de sentimentos contraditórios fazia meu coração palpitar. Sabia que tinha de reagir. Porém a mente confusa impedia qualquer ação.
Ele insistia, conseguindo me derrubar na cama. Ignorando meus ¨nãos¨ e ¨pára¨, arrancou a saia, me deixando só de calcinha. Forçando, abriu minha pernas, entrando entre elas. Afastou o vértice da calcinha para o lado, deixando minha pepeka exposta. Deu um beijo nela, começando a chupar com vontade.
Com as duas mãos na cabeça dele, eu tentava empurrar. Comecei a sentir um calor gostoso ali, o que foi me enfraquecendo, diminuindo a força empregada. Aos poucos o tesão tomou conta do meu corpo, provocando ações involuntárias de tentar apertar uma perna na outra.
Nem percebi quando o quadril passou a rebolar, buscando melhor contato da boca quente na grutinha. As mãos já não empurravam. Foram para a nuca dele, pressionando ao encontro da minha zona pudica. Um calor gostoso tomou conta de mim. Eu estava em brasa com toda aquele loucura.
A contragosto, estava aceitando tudo, ou pior, gostando. Nessa hora esqueci de marido, casamento, filhos, tudo! A única coisa que existia em mim eram sensações prazerosas que culminaram num orgasmo intenso. Tremi por inteira ao atingir o clímax!
Nem deu tempo de assumir o controle da situação. Gui levantou, tirou a toalha, deixando à mostra um pênis duro. Tal visão me deixou apavorada, fazendo voltar toda preocupação pelo que representava. O que fazíamos e ele, meu primo estava querendo fazer.
Ele ia meter em mim! Entrar com aquela vara ameaçadora dentro das minhas carnes. Invadir as estranhas na qual só podia entrar a masculinidade do meu marido! Era traição ! Coisa que só mulheres desavergonhadas fazia!
Tudo que pude pensar, num momento de lucidez foi: ¨-Não, não posso deixar!¨, ¨Não vou deixar!¨. Eu com a blusa levantada, sutiã fora do lugar, calcinha com o vértice de lado, boceta exposta. Úmida, toda melada, pronta para receber o falo. Com as duas mãos tentei empurrar o tronco do Gui que tomava posição para penetrar.
Não adiantou. A ponta já deslizava pelos lábios vaginais, tentando afastar a moldura de gruta. Senti que entrou. Fiquei assim, paralisada por instantes. Sentia a cabeça avançando dentro de mim, me penetrando, invadindo minhas carnes.
Estava aterrorizada, por ter consciência que era outro macho enterrando aquele cilindro quente. Meu lugar mais íntimo de fêmea, que até então, só tinha sido visitada pelo meu marido. Jamais por outro homem! Querendo copular, enfiar sua vara para depositar o sêmen, me possuindo também. Tentando me emprenhar como um animal.
Tudo isso passava pela cabeça. Gui nessa hora só queria meter. Suas socadas eram vigorosas, bem diferente de Alex. Até a maneira que me segurava para receber as estocadas eram desiguais. Com mais vigor e vontade. Tesão meio animalesco.
O mais constrangedor era que eu estava querendo aquilo. De forma inconsciente, minhas ancas rebolavam, facilitando suas ações. Que não parasse. Aumentasse a intensidade. Já não sabia se a vontade era de não deixar ou me entregar por inteira. Não podia, porém, eu já era também do Gui. Estava de submetendo à luxúria e prazer.
Meu primo soltava sons roucos enquanto bombava. Intercalando frases esparsas, palavrões chulos, dizendo o quanto eu era gostosa, apertada. Pedia que eu desse para ele. E eu estava dando, dando tudo, gemendo de prazer.
– Porra, dá pra mim, gostosa! Dá tudo, dá, gostosa! Rebola na minha pica, gostosa! Que apertadinha é você!
Já não importava se eu estava me entregando a outro homem. Era apenas uma mulher fogosa dando o melhor. Para meu primeiro amante. Meu primo! Eu só gemia de prazer ao ritmo das suas empurradas. Estava tendo um orgasmo!
Que paralisou todos músculos do meu corpo. Estava em êxtase, sensação que pensava, só era possível com Alex, o homem que eu amava. No entanto tinha conseguido aquilo com outro! Fiquei parada como uma boneca inflável recebendo o ardor do Gui. Não demorou muito gozou fartamente, enchendo minha boceta de gala.
Coração acelerado pela insanidade. Respiração voltando ao normal. Não pude conter as lágrimas que teimavam sair dos olhos. Comecei a chorar baixinho. A causa da minha tristeza e arrependimento estava dentro das minhas carnes. Amolecendo aos poucos, segurando como uma rolha o leite morno que marcara sua posse.
Gui perguntou preocupado:
– Que foi, Leila, tudo bem?
– Não, não está nada bem! Não devíamos ter feito isso.
Respondi já soluçando. Gui pegou o telefone que temos na cabeceira da cama. Sem sair de mim, discou um número. Não demorei para saber para quem ele estava ligando. Disse algumas palavras e me passou o fone.
– Oi, amor, tudo bem contigo?
Ao ouvir a voz de Alex, desandei a chorar. Choro forte, sentido. De arrependimento, medo de como seria o futuro do nosso casamento.
– Não fica assim, amor. Nada mudou, está bem? Eu te amo. Te amo ainda mais! Você não gostou de dar para o Gui? Ele fez alguma coisa que você não gostou?
Entre soluços disse:
– Não, não foi o Gui. Sou eu, é comigo mesma. Você ainda me ama mesmo?
– É claro que te amo, amor! Não teve nada de mais, está bem? Você gozou? Gozou na rola dele? Quando chegar em casa vou querer saber tudo em detalhes, está bem amor? Eu te amo, te amo muito, está bem?
– Está bem.
– Onde está o Gui?
– Está bem aqui, em cima de mim. A coisa dele ainda está dentro de mim.
– Como assim? Ele ainda está com o pau dentro da tua boceta? Ele já gozou?
– Gozou sim. Deve estar tudo melado lá.
– Gozou sem camisinha? Que filho da puta! Eu falei que podia meter, mas, só com camisinha! Deixa eu falar com ele!
– Ih, amor, o troço está se mexendo. Acho que ainda está duro. Ele está metendo de novo!
– Dá o telefone pra ele!
Gui continuava metendo enquanto falava com meu marido. Pedia desculpas, dizendo que não deu tempo de colocar o preservativo. Elogiava dizendo o quanto eu era gostosa. Sei lá o que o meu marido. Ele me passou o telefone:
– Fala amor, então ele está te comendo de novo?
– É, é. Ele está.
– E está gostoso, amor? Mais gostoso do que quando você faz comigo?
– É claro que não, amor. Gostoso como você ninguém vai conseguir fazer.
Disse em muita convicção. Com voz entrecortada por arfadas a cada socada do primo. Estava com falta de ar, pela transa e por não estar totalmente à vontade. Alex ficava falando, enquanto eu ouvia o barulho do mastro do Gui entrando e saindo.
Acabei tendo mais um orgasmo, dessa vez com meu marido ouvindo tudo no telefone. Gui demorou para gozar novamente. Ficou socando, socando sem parar. Estava ardendo e eu pedindo para acabar logo. O final estava sendo um martírio. Quando terminou, corri ao banheiro para tomar um banho. Me sentia suja, imunda.
Naquela noite, ao voltar, Alex reclamou mais uma vez da camisinha com o Gui. Disse que queria estar junto na próxima vez. Ainda fez propaganda, dizendo que eu tinha o cuzinho incrível.
Transamos como há muito não fazíamos. Para mim era como fazendo amor com meu marido, tirasse de mim o peso da infidelidade. Alex diz que eu posso dar para o primo sempre que quiser. Não sei se vai haver uma segunda vez. Com Guilherme não quero mais nada.
Estou arrependida, consciência pesada, sentindo vergonha pela fraqueza. Me preocupa se isso não vai afetar o relacionamento com meu marido daqui para a frente.