A escolhida fora um rua próxima a uma avenida importante da cidade. O carro, estacionado perto da esquina, próxima a uma árvore que encobria as luzes dos postes próximos. Os dois contavam com o pouco movimento das quase 23 horas daquele dia. A hora era propícia, se é que há hora pra pra isso. Se é que não há hora pra isso. Já haviam feito aquilo outras vezes, mas os riscos eram claros.E isso apenas aumentava o tesão que estava no ar e que se acumulava dentro do pequeno carro cinza a cada respirada.
Não demorou para que as breves conversas interrompidas por beijos cessassem, e fossem substituídas por um silêncio e beijos cada vez mais longos e lascivos. A fome de ambos era clara e não seria saciada de qualquer jeito. As mãos antes paradas, trocavam de posição cada vez mais rápido, ora na nuca, ora nas costas, ora onde queriam. O percurso era fervoroso e de exploração, como se nunca tivessem feito aquele caminho.
Ela não gostava da posição que o carro permitia que se beijassem, logo, movimentou-se e sentou nele enquanto estava no banco do motorista. Não era confortável, mas o tesão quando acumulado não se importa com detalhes. E o veículo aos poucos ficava abafado.
Dentro, logo os beijos, as passadas de mãos, os carinhos, as mordidas, aumentaram. Entre uma breve encarada, uma olhada fixa, um carinho e um simples sentir de pele e sorrisos, escutava-se pequenos gemidos que vinham de ambos. As mãos exploratórias chegavam a todos os lugares imaginados e possíveis.
Fora, hora passava um carro na esquina ou atravessando a rua, e suas luzes refletiam e transpassavam os vidros do pequeno veículos estacionado. Hora transeuntes atravessavam a esquina há 20 metros deles. Ainda haviam os inúmeros entregadores que faziam seu trabalho noturno indo e voltando de um sem número de lugares que nem lembravam para entregar comidas para pessoas que não conheciam. E para não ser menos estranho, enquanto beijavam-se um cachorro aproximou-se do carro e correspondia com latidos espaçados a movimentação do amortecedor que chorava ao ritmo de
Todo barulho de motor, risada, conversa era um alerta. E todo alerta quase os fazia desistir. Mas, novamente o tesão os impediu.
E enquanto o ar dentro do carro ficava mais quente, a pele já sentia seu efeito e o suor de corpos em chamas aparecia, ela que naquele dia trajava um vestido, não se importou em abri-lo um pouco. Passado um tempo naquela pegação, eis que passa um carro da polícia, sirene, barulhos, isso os assustou. Ela voltou rapidamente ao banco e eles pararam por um período.
Passado o alerta, entreolharam-se e sorriram da loucura que estavam fazendo. Na cabeça dele, ela estava linda sob a luz translúcida que entrava através do vidro que começava a embaçar. Na dela, a hora a preocupava, mas, contentou-se em perguntar o que ele queria que ela fizesse, enquanto a resposta veio simples e de forma rápida “Tudo o que você quer fazer e sem medo”.
Parecia, que logicamente, ambos tentavam lutar contra o que sentiam, no momento, mas um precisava que o outro desistisse de fazer, ou cederiam. E o tesão já sabia que tinha ganho a batalha.
Não demorou muito para que os beijos voltassem e ela descesse a mão da nuca até o peito e do peito até a perna, pousando-a sob a bermuda caqui que ele usava no dia. Um breve silêncio, ela o mira, e o que se escutou foi um cinto sendo retirado e um zíper abrindo. Ele estava duro e ela sabia disso. Ela gostava de brincar e como dizia, “judiar” da condição dele enquanto homem, que não escondia a excitação.
O sorriso de satisfação na cara dela era inesquecível. Ele já havia visto outras vezes, mas naquele dia, com a mão retirando sua cueca dentro do carro, ela sorrira de uma forma safada que ficou gravada na mente. Carregava consigo a mania linda de pôr a língua entre os dentes quando falava ou fazia safadezas, ou apenas quando estava extremamente feliz.
Sua habilidade com as mãos foi colocada a prova e em pouco tempo ele gemia, gemidos baixinhos de um prazer enorme que era ter ela daquela forma.
A chupada que ela queria muito dar, veio a seguir, mas não antes de perguntar novamente o que ele queria. A provação estava feita. E a resposta veio acompanhada um olhar de cachorro pidão e um sorriso de canto que ela adorava: “Me chupa!”. E começou, como ela fazia, devagar e aproveitando a cada movimento e lugar. Ele apenas sentia cada um deles e seus gemidos eram cada vez mais frequentes.
Ao final, ele já estava fora de si e o pau que hora estava na mão, sumia em meio aos lábios dela. Ao retirar ele da boca, ela sempre sorria de uma satisfação que não era apenas maior do que a dele, que recebia todo aquele momento.
O tempo passando lá fora, e ele não queria ficar sem corresponder, então, suas mãos também fizeram o mesmo percurso das dela e como usava um vestido, não houve resistência, pousaram sob sua calcinha, que aquela hora já estava molhada, da excitação que ela tentava esconder.
A brincadeira continuou entre mãos, beijos e chupadas. Até que ela não aguentou e admitiu. Queria o resto. Isso ele também queria desde as outras vezes que ousaram parar o carro em outras ruas e ficar. Seria ali mesmo no carro? Pelo jeito sim. E foi.
Ele tirou o restante da bermuda, baixou sua cueca e pôs a camisinha que sempre levava consigo. Ela voltou a ficar por cima dele e afastou um pouco sua calcinha. O encaixe, já conheciam, apesar das poucas vezes juntos. Ela brincou um pouco antes de ceder, pousar sob ele numa primeira estocada para sentir. Naquela posição, o domínio era todo dela, pois o pouco espaço que o carro possuía, permitia apenas que ela se movimentasse e ela não fez por menos. Tomou as rédeas da situação e movimentou-se como a deusas selvagem que era.
A cada descida o amortecimento do carro era posto a prova e reclamava baixinho e ritmado do impacto que era ter aquela mulher ali dentro. A cada subida, uma respirada ofegante era dada acompanhada de gemidos que vinham dos dois.
A posição permita que se olhassem, que se tocassem, que se beijassem, e enquanto ela continuava a subir e descer num ritmo alucinante, fizeram isso e mais. Entre um beijo e outro, ele descia ao seu pescoço, ponto fraco já conhecido e brincava com ele, fazendo-a se eriçar, até chegar em seu queixo, na qual ele dava pequenas mordidas que entre o prazer a dor, causavam uma sensação incrível. Ela, marcava suas unhas nos braços dele usava sua força para continuar a cadenciar tudo.
O tempo passara rápido ali e quem olhava de fora já não via mais nada que ocorria dentro do carro, ficando restrito a entender pelas palavras não ditas dos breves barulhos do amortecedor.
O movimento apenas cessou, ambos gozaram e o carro agradeceu.
A noite acabou, já era madrugada do dia seguinte. Vestiram-se e partiram. Algum dia talvez voltem aquele ponto, ou busquem outros.
Ficaram na promessa de repetir aquele dia, que ainda sim já seria memorável para os dois.
Ao tesão acumulado, cabe a vitória através das pequenas provações que iam fazendo. Deveriam ter aprendido que não se brinca com o tesão alheio sem gerar pequenas brasas que uma hora podem explodir dentro de si.