Meu nome é Hugo. Sou um coroa ajeitado. Cinquentão, boa pinta e relativamente bem de vida. A história que vou contar é real e se passou recentemente. Quero que você que está lendo saiba dos detalhes pois é nos detalhes que mora o tesão. Por isso, vou escrever em três tempos. Não deixe de ler este conto. Ele é fundamental para que você aproveite integralmente os outros dois. Boa leitura.
Fiquei viúvo há 12 anos e logo me casei novamente. Esse casamento me trouxe como pacote pronto uma garota de 19 anos, muito linda, educada e inteligente. Ficamos muito amigos e depois de dois anos já eramos confidentes. Ela me contava tudo aquilo que dizia não ser possível contar para a mãe. Assim, desenvolvemos uma relação de muita confiança, a ponto dela me chamar de pai. Essa confiança acabou me rendendo uma das aventuras mais sensacionais da minha carreira de macho.
Minha enteada, vamos chama-la de Silvia, é muito popular entre seus amigos. Nossa casa vive com visitas de garotas e garotos, com os mais diversos propósitos. Desde estudar para as provas da faculdade até os esquentas de final de semana. Dentre todas essas amizades, uma menina sempre me chamou a atenção. Uma garota que vou chamar de Fabíola. Cabelos castanhos, lisos e compridos até o meio das costas, peitinhos médios, cerca de 1,70m, e uma bundinha de fazer o queixo cair. Além de tudo, muito simpática e talvez a mais chegada das amigas de Silvia. No entanto, quando a rapaziada está reunida em casa, nunca notei a garota paquerando um dos meninos, nem soube que tinha namorado.
Há pouco tempo, coisa de um ano e meio, encanei que Silvia estava dando mole pra mim. Não preciso dizer que isso mexeu com meus brios masculinos, mas também acendeu o sinal vermelho: como fazer pra saber ao certo sem que, no caso de eu estar enganado, eu ficasse numa saia justa?
Minha esposa e eu somos médicos. Eu sou oftalmo e nossos horários de trabalho não batem, principalmente aos finais de semana. Ela é cardiologista e muitas vezes uma emergência faz com que ela seja requisitada por longos períodos. Em casos de cirurgia, as vezes, o dia (ou a noite) todo. Numa tarde de sábado foi chamada ao hospital e ficamos, Silvia e eu, sozinhos em casa. Eu estava lendo na sala e ela veio, sentou-se ao meu lado e começamos falar das coisas dela. Vestia uma camiseta branca sem sutiã e um shortinho curto que deixava suas partes intimas quase de fora. Pensei que seria a situação ideal pra tentar descobrir se minhas expectativas eram reais. Silvia deitou em meu colo e, como de costume, comecei a brincar com seus cabelos. Ela falou muito e eu nem sei se o que eu respondia tinha sentido. Eu estava querendo achar uma brecha, esperando ela abrir a guarda, pra eu poder sondar se minhas desconfianças eram reais. Num determinado momento do papo a Fabíola se tornou o assunto. Perguntei sobre o caso dela não ter namorado e o que Silvia disse trocou meu pensamento de lugar. Segundo minha enteada, sua amiga não namorava os garotos porque ela só tinha interesse em coroas.
– Como assim, Silvia, interesse em coroas?
– Isso mesmo, pai, ela diz que sente atração física por coroas. Não gosta do jeito dos garotos da nossa idade. Mas pelo amor hein, não vai contar isso pra alguém, por que ela me disse que isso é segredo nosso. Ela só contou isso pra mim.
– E você, Silvia?
– Ah, eu hein, não curto coroas não. Sou vidrada nos meninos malhadinhos.
Eu ri dessa resposta, entre decepcionado e aliviado, pois estava resolvido o caso. Eu estava mesmo enganado. Para continuar o assunto, comentei: “não foi isso que eu perguntei, quero saber o que você acha da Fa ter atração por coroas”.
– Então, cada um é de um jeito. Eu respeito o que ela sente, mas não é pra mim.
– E ela namora algum coroa, que você saiba?
– Não, de jeito nenhum, embora ela diga que sente tesão, não tem coragem de desfilar com um coroa namorado. Acha que não pega bem com a nossa galera.
A partir desse momento meu alvo mudou completamente. Comecei a traçar um plano para fazer de Fabíola minha próxima presa.
O caso da minha esposa no hospital complicou, de modo que ela teve que voltar pra lá no domingo de manhã e telefonou avisando que não viria almoçar. Assim, comecei a colocar em prática meu plano. Sugeri a Silvia que chamasse alguém para almoçar conosco uma vez que estaríamos sozinhos naquele domingo. Eu sabia que ela chamaria Fabiola, sua melhora amiga, pois havia me dito no dia anterior que seus pais haviam viajado e ela estaria sozinha em casa neste final de semana. Não deu outra.
Depois de um almoço gostoso regado a um belo vinho, em que falamos de tudo e de todos, fomos sentar na varanda pra prosear. Passado algum tempo, Silvia saiu dizendo que iria ao banheiro. Eu aproveitei por ficar sozinho com Fabíola e provoquei.
– Puxa vida Fa, os garotos amigos de vocês estão marcando bobeira. Percebi que você não tem namorado. Se eu fosse um cara da idade de vocês e da sua turma iria te namorar. Você é uma garota muito simpática, inteligente e além de tudo, um mulherão.
– Hugo, nem vem, tá. Você cometeu dois erros aí. O primeiro é que eu não curto esses garotinhos malhadinhos e bobalhões. Eu sou atraída mesmo é pelos coroas, mas aí tá seu segundo erro. Você é casado, então não tem chance.
Como eu sabia do caso dela ter vergonha de desfilar com um coroa por causa do que a turma iria pensar, emendei.
– Tá, mas isso de eu ser casado pode ser uma vantagem. Você poderia namorar um cara casado e não teria que desfilar com ele. Aliás, nem poderia. Teria que ser tudo escondidinho. Já pensou nisso?
Ela me olhou com um jeito diferente. Ficou imóvel por uns instantes, sorriu levemente e concluiu.
– Taí, não é que você pode ter razão? Eu nunca tinha pensado desse ponto de vista. Até que poderia ser uma ideia. Mas o cara teria que me conquistar.
Terminou de falar e riu gostoso. Me olhou com cara de sapeca enquanto eu meu cérebro preparava a próxima investida. Eu olhei sério pra ela e respondi.
– Você está dizendo que posso tentar?
Antes que ela pudesse responder ouvimos o barulho de Silvia voltando e mudamos de assunto. Como Fabíola já era de casa, sugeriu que tomássemos um digestivo e disse que iria buscar. Ao retornar com os três cálices, sob cada um havia um guardanapo. No verso do meu guardanapo estava escrito ‘TENTE’. Logo depois do digestivo, Fabíola inventou uma desculpa e foi embora.
Na segunda pela manhã, a caminho do consultório, parei numa floricultura e mandei que entregassem um ramalhete de rosas brancas pra Fabíola, ainda de manhã. No cartão escrevi: ‘com todo respeito que uma princesa merece, tenho que confessar que seu TENTE me deixou sem fôlego’ e assinei ‘H’.
Por volta de meio dia, no intervalo de duas consultas, a secretária me disse que recebi uma chamada de Fabíola e que ela pediu que retornasse. Peguei o número e retornei do celular. Ao atender ela me disse que tinha adorado as flores mas que gostaria muito de agradecer pessoalmente. Consultei a agenda e vi que tinha consultas somente até 16hs, portanto deveria estar livre pelas 16:30h. Disse a ela que estaria livre depois disso e ela me falou que passaria no consultório. Tentei marcar em outro lugar, mas ela insistiu e disse pra eu ficar tranquilo que se identificaria como cliente.
Quando o cliente das 16hs entrou no consultório, a secretária me disse que havia mais uma cliente que havia chegado de improviso. Como era costume, nos dias em que as consultas terminavam mais cedo, dispensei a secretária e atendi o rapaz o mais rápido possível.
O cara saiu e coloquei Fabíola pra dentro do consultório. Ela estava um tesão. Vestia roupa de academia o que marcava todo seu corpo e deixava ver todas as curvas. Um top ousado ressaltava seus seios e deixava um pedaço da barriguinha de fora. Nos cumprimentamos com um beijinho e pude sentir o perfume suave e delicado. Ficamos frente a frente e ela sorriu pra mim, de um modo bem safado e, ao mesmo tempo em que me deu as costas, foi andando lentamente e dizendo:
– Então quer dizer que seu Hugo é um Don Juan? Eu jamais imaginaria isso. Mas não posso dizer que não gostei. Aliás, as flores são magníficas e seu cartão tentador.
Sentou-se na minha cadeira e esperou minha resposta.
– Bem Fa, quero que você saiba que tenho por você um respeito enorme e que o cartão fala a verdade. Desde quando você começou a frequentar nossa casa, olho pra você como mulher. Você me atrai e eu não estou de brincadeira. Portanto, da mesma forma como você disse que cometi dois erros ontem, tenho duas coisa a te dizer. A primeira é que não estou pra brincadeiras com você, isto é, se você topar, podemos ser namorados, desde que seja escondidinho. A segunda é que não posso te prometer nada além de respeito e sinceridade.
Ela desviou o olhar e pensou por algum tempo. Olhando para o nada falou de uma forma muito madura:
– Eu já recebi inúmeros pedidos de namoro e milhares de cantadas, mas a sua proposta é a mais esquisita que já me foi feita. E a mais tentadora.
Levantou-se lentamente, parou na minha frente, me olhou com carinho e disse:
– Eu topo, me beija.
Eu me aproximei, segurei em sua cintura e a beijei delicadamente os lábios. Aos poucos o beijo foi tomando corpo. Ela segurou minha nuca e o tesão foi aumentando. Minhas mãos acariciaram suas costas e meu pau endureceu como não fazia há muito tempo. Não sei quanto tempo durou o beijo, mas foi algo pra ficar na história. Percebi que ela também teve um acesso imediato de tesão e evidentemente pensei que iriamos transar ali, no sofá do consultório. Minhas mãos que estavam nas costas dela, imediatamente foram para os seios. Levantei o top e acariciei os dois, delicadamente. Ela suspirou fundo e me agarrou mais forte. Mas de repente, tudo parou. Ela se afastou, arrumou o top e foi dizendo:
– Não, aqui não. Não pode ser assim. Eu quero uma noite de princesa. Foi assim que você me tratou no cartão, né. Então me trate como tal.
Eu estava paralisado e sem ação. A garota estava pedindo uma noite… Como eu iria me virar com isso? Tentei argumentar e ela insistiu: ‘uma noite de princesa, é tudo que eu peço’.
Foi então que me veio uma ideia. Mas isso você vai saber na parte dois. Até lá.